 |
Diálogo Iberoamericano
Núm. 11-12 / spbre.-diciembre 1997. Pág.
14
|  |
Infância roubada: Brasil
Elaine Tavares (Universidade Federal de Santa
Catarina). / "O direito de sonhar deveria figurar entre os
30 Direitos Humanos das Nações Unidas. Ele
é como água que dá de beber aos outros
direitos que, sem ele, morreriam de sede". Foi em busca deste
direito que o professor do Centro de Desportos da UFSC,
Maurício Roberto da Silva, partiu para um trabalho de
campo na Paraíba, nordeste do Brasil. Ele está
preparando tese de doutorado sobre o trabalho infantil.
Já viram coisa os olhos claros de Maurício,
mas desta vez foi demais. "Tem muita criança nas ruas,
pedindo comida, pedindo pão, tem famílias
inteiras. Vi assaltos, arrastões, cadáveres nas
ruas dos bairros pobres, expostos durante dias, caixas 24
horas metralhados, saqueados. Tristeza demais", lembra.
Ele conta que presenciou, na rodoviária de
João Pessoa, uma menina de 12 anos oferecendo os peitos
para um homem chupar. "Só custa um real", implorava.
Também acudiu uma menina de 13 anos, grávida,
cuja bolsa rompeu, bem na sua frente. Acompanhou a greve da
polícia militar daquele estado, sentindo na carne a
força bruta do exército nas ruas.
Mas o que mais chamou a atenção do
pesquisador foi o olhar das crianças pobres da
Paraíba. "Era um olhar velho, triste, acompanhado de
gestos hesitantes e reações violentas. Meninos e
meninas sem infハcia, sem sonhos mais".
Foram dois meses de trabalho de campo, que acabaram
ficando confinados na cidade. Maurício percebeu que os
trabalhadores infantis, comuns nos canaviais até bem
pouco tempo atrás, agora são os meninos e
meninas tristes que perambulam elas ruas atrás de um
naco de pão.
Segundo Maurício, a situação
é de impasse: "se ficar o bicho pega, se correr o bicho
come. é assim! No campo, a exploração
desumana, na cidade, a prostituição, o vagar sem
destino".
Mas, além do olhar sobre a cidade e seus
meninos/meninas, o pesquisador vasculhou a
representação do trabalho infantil na arte da
Paraíba. Descobriu o pequeno canavieiro na obra de
João Cabral de Melo Neto, nas fotos de Lula Cardoso
Aires, nas gravuras de Abelardo da Hora, que em 64 teve seu
trabalho confiscado pela ditadura por expor a miséria
da infハcia como uma ferida aberta naqueles
cantões.
Também buscou a Fundação Gilberto
Freire, na tentativa e encontrar pistas sobre os maustratos
com as crianças negras e mestiças. Coisa que
começou no tempo da escravidão, quando o pequeno
sinhozinho tinha um negrinho leva-pancada" para o seu
divertimento. "Na verdade, tudo o que vi, nada mais é
do que fruto desta coisa chamada neoliberalismo que nos ioga
na cara a miséria, o desemprego e crianças
carentes de infハcia", enfatiza Maurício.
Tendência mundial
A tendência mundial é, cada vez mais, as
crianças assumirem os postos de trabalho dos adultos,
enquanto estes são jogados ao desemprego, tornando a
bola de neve da miséria uma coisa gigantesca. E
não é só a criança pobre que
é roubada da infハcia. Enquanto a pobre é
tratada como lixo, a rica é tratada como se fosse
dinheiro. Todas são carentes de infハcia, do brincar.
é claro que a pobre fica com a carga maior. Tem que
trabalhar. "é fundamental que, no limiar deste final de
século, nos empenhemos em discutir e assegurar os
direitos humanos das crianças. O direito de ser,
pensar, sentir, querer, viver, sonhar. A criança que
sonha é uma criadora de mundos, é uma inventora
de ousadias e utopias", diz maurício, que agora
está em Campinas, tentando colocar no papel suas
investigações e angústias.
Servir a la comunidad: un deber de la Universidad
(UNIFE)
Dentro del marco de los lineamientos de política
de la Universidad Femenina Del Sagrado Corazón (UNIFE,
Perú), y como institución católica, su
acción está orientada al servicio de las
comunidades más necesitadas del país.
Todos los organismos académicos y no
académicos de la Universidad, desarrollan programas de
Proyección Social de allí que "El Servir en la
UNIFE, es la concreción del enseñar y del
investigar".
Actualmente, son dos los Proyectos Institucionales que ha
asumido la Universidad: El proyecto Multidisciplinario para el
desarrollo Socio-Cultural de la Comunidad De Chilca -
Cañete y el Proyecto UNIFE - Porconcillo 2000.
La Comunidad de Chilca - Cañete
En el marco del Convenio Interinstitucional entre la
Municipalidad de Chilca y la UNIFE se desarrolla el Proyecto
Multidisciplinario para el Desarrollo Socio-Cultural de la
Comunidad de Chilca con la participación de todas las
Facultades de la Universidad que tienen como meta fomentar el
desarrollo integral y sostenido de la comunidad. Las acciones
de promoción se han centrado en el área
educativa, de salud y jurídica. Con ese
propósito se han organizado Cursos y Talleres
Pedagógicos para la capacitación de profesores
de los niveles de Inicial, Primaria y Secundaria, la "Escuela
para Padres" en los centros educativos de educación
inicial, la evaluación psicológica de los
alumnos de dichos centros educativos, la promoción de
bibliotecas escolares y municipal.
Asimismo se han dictado cursos y talleres de Primeros
Auxilios en coordinación con el Hospital de la
Comunidad y de los Centros Educativos del distrito y se
organizaron campañas de detección de
hipertensión arterial.
De otro lado, la UNIFE brinda su apoyo en la
evaluación y regulación del Plan de Desarrollo
Urbano de la ciudad de Chilca, en el empadronamiento de la
población y vivienda del distrito, asesora a la
Municipalidad para mejorar su sistema de informática y
colabora en el servicio de Consultorio Jurídico
Gratuito. Otra de sus preocupaciones es el levantamiento y
diagnóstico del estado actual de la Iglesia y capilla
del cementerio de la ciudad y la elaboración del
Anteproyecto de Restauración de la Iglesia.
Proyecto UNIFE - Porconcillo 2000
Con el propósito de contribuir al mejoramiento del
nivel económico y educativo de la población
rural adulta de Cajamarca, se han programado cursos de
capacitación y promoción de la mujer campesina
en las áreas artesanal, educativa, crianza de animales
menores y cultivo de huertos. Una acción inmediata a
realizarse es el desarrollo del curso de
Complementación Académica para Maestras
egresadas de Institutos Pedagógicos Superiores.
Estas actividades de proyección social permiten a
las estudiantes vivenciar el mensaje evangélico: "Lo
que hiciste por el más pequeño de mis hermanos;
conmigo lo hiciste", desarrollar su espíritu de
solidaridad y la responsabilidad social. Permite que se
evidencia en situaciones concretas el grado de eficiencia
profesional y al mismo tiempo permite actualizar los
currículos, según las necesidades y exigencias
de la realidad.
Retorno página anterior