O encontro, realizado no semestre passado, buscou a construção de um espaço de discussão interdisciplinar, para a troca de resultados obtidos por pesquisadores do tema. Sua definição levou em conta a cosmovisão inicial das culturas americanas originárias, diferentes das cosmovisões do mundo ocidental, que, com a descoberta da América, passaram a sofrer intervenções. A partir daí, o programa de palestras propiciou a discussão do processo de formação e de transformação do imaginário religioso indígena, desde os primeiros contatos com o mundo ocidental até o dia de hoje.
Os professores doutores Raul Fornet-Bitencourt Aachen/Alemanha) e Paula Caleffi Giorgis (Unisinos/Brasil) abriaram os trabalhos, falando sobre a formação do imaginário religioso indígena como desafio à pesquisa histórica.
Caleffi Giorgis propõe o uso do mito para o estudo da história, lembrando que os ancestrais míticos formam a imagem da sociedade tribal e que a mitologia é responsável pela reprodução de uma sociedade.
Outros temas importantes foram tratados ao longo do Seminário, como O pensamento imaginário dos índios Kuna, por Aiban Wagua (Panamá); O processo de formação do imaginário religioso andino, pelo pesquisador Enrique Rosner (Quito); A interferência da cultura européia no imaginário religioso andino,por Diego Irarrazabal (Puno/Peru); Kaiowá - a construção de uma história oral, por Antônio Brand (Unisinos) e O pensamento indígena - uma história de excluídos, por Antônio Sidekum (Unisinos).